Como Chegamos à Crise Ambiental
Para entender como chegamos à atual crise ambiental, precisamos analisar um problema relacionado ao tratamento que damos aos recursos naturais - água principalmente - do planeta, lembrando que estes são disponíveis gratuitamente e qualquer um tem acesso a eles. O uso irracional desses bens comuns acabou tornando-os escassos e, num futuro relativamente próximo, podem entrar em ameaça de extinção.
O uso irracional desses bens comuns acabou tornando-os escassos e, num futuro relativamente próximo, podem entrar ameaça de extinção. |
Leia também:
Características dos bens comuns
Esses recursos naturais - também chamados de bens comuns - globais e possuem duas características principais:
- Primeiro, é praticamente impossível impedir que alguém usufrua deles já que estão no planeta e este é de todos. A exclusão de alguém de utilizá-los tem um alto custo, pois isso tem que ser feito por meios físicos - cercas, muros - ou institucionais - leis, políticas públicas.
- Segundo, os bens comuns se degradam e se sujam com o uso e, visto que levam tempo para se renovar, devemos usá-los com responsabilidade. Em outras palavras, a utilização desses recursos por alguém reduz a sua disponibilidade para os demais usuários.
A tragédia do bem comum
As dificuldades relacionadas a esse tipo de recurso foram ilustradas por Garrett Hardin já em 1968 em seu artigo sobre a "Tragédia dos bens Comuns". O exemplo ilustrado no artigo, é o de uma aldeia de pastores, cujas ovelhas utilizavam um pasto comum. Cada pastor tendia a ter cada vez mais ovelhas, visando aumentar sua renda. Com o tempo, o pasto ficou saturado e não havia mais grama para alimentar todas as ovelhas, o que fez com que boa parte delas morressem de fome.
Moral da história
Em suma, uma tragédia. Os pastores abusaram do bem comum a fim de aumentar seus retornos individuais, ignorando os limites da natureza. Embora todos tenham ganhado no curto prazo, todos saíram perdendo no curto prazo. É uma tragédia de difícil solução, porque de nada adiantaria que um ou alguns poucos fizessem a sua parte e limitassem seu número de ovelhas, porque isso só levaria os demais a ocuparem o espaço vago. O que aprendemos nessa história é que é fundamental seguir um desenvolvimento sustentável, ou seja, não dar um passo maior que a perna.
Comentários
Postar um comentário