A Invasão das Gigogas no Rio de Janeiro
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Seu nome científico é Eichhornia crassipes |
Conhecendo a gigoga
Seu nome científico é Eichhornia crassipes, mas é mais conhecida como gigoga por aqui e se encontram com mais facilidade em rios e lagos poluídos. A presença dessas plantas aquáticas é em indicativo de que a água está muito poluídas, uma vez que elas se multiplicam a partir da matéria orgânica que vêm do esgoto. A planta é conhecida por despoluir as aguas, pois suas raízes tem a capacidade de filtrar a toxicidade do ambiente aquático. Como sua proliferação é bem acelerada em ambientes contaminados por despejo de esgoto doméstico, é preciso retirá-la regularmente para que não ocupe totalmente o espelho d'água.Solução
A solução para esse problema é a universalização do saneamento básico, evitando, assim, que o esgoto in natura seja despejado nos rios e lagos. Com o devido tratamento do esgoto, a proliferação dessas algas seria mais lento e, portanto, a coleta de gigogas seria necessária somente de tempos em tempos.Problema recorrente no Rio de Janeiro
Em 2016, uma grande quantidade de gigogas, aproximadamente 20 toneladas, foi retirada da Praia de Ipanema nesta pela Comlurb, empresa de coleta de lixo no Rio de Janeiro. As plantas não ficaram restritas apenas às praias, mas também se expandiram para lagoas e rios. O acúmulo dessas algas são um indicativo de que há grande quantidade de sujeira nas águas, já que agem como limpadoras do ambiente. Nesse sentido, esse tipo de alga se reproduz em locais sujos e poluídos e se tornam um problema, uma vez que acabam danificando embarcações.Gigogas na Praia de Ipanema (Foto: G1) |
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Na Ilha da Gigoia, localizada na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, os moradores denunciam a presença das gigogas, que acabam prejudicando o transporte na região. Como uma ilha é um pedaço de terra cercado de água por todos os lados, a entrada e saída do local é sempre feita por barcos ou lanchas. A consequência é que as algas acabam se agarrando nas hélices das embarcações, impossibilitando o transporte com tranquilidade.
O que dizem os responsáveis
Nesse caso, a retirada das plantas se torna urgente, pois pode até afundar as embarcações. No mesmo dia do aparecimento, a Comlurb já realizou o trabalho de retirada das algas. Segundo a Secretaria de Estado do Ambiente, a invasão de gigogas nos arredores da Ilha da Gigoia aconteceu devido ao rompimento de uma eco barreira da região. Ainda de acordo com o mesmo órgão, não há como reparar a eco barreira que quebrou então a solução seria substituí-la, porém, o Estado está passando por uma crise absurda e não há dinheiro.
"Como não ´há orçamento para a compra de uma nova, a eco barreira do Canal do Cunha foi substituída por uma mais robusta e esta foi realocada para a Lagoa da Barra."
Sobre a poluição na Lagoa da Barra, que acaba ocasionando o crescimento, desenvolvimento e expansão das gigogas, a Secretaria se queixa de intervenções do Ministério Público que atrasou em um ano e meio o início das obras de revitalização do complexo lagunar. O que era para ser uma promessa olímpica, vai ficar para uma próxima oportunidade. Enquanto isso, os problemas do mau cheiro e do prejudicial impacto ambiental aos ecossistemas persistirão.
Gigogas na Barra da Tijuca. |
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