Temer entrega ratificação do acordo do clima de Paris na ONU
Depois de ser aprovado na câmara dos deputados, no senado e ter sido assinado em evento no Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer entregou nesta quarta-feira (21), na ONU, a ratificação, por parte do Brasil, do acordo do clima de Paris. O ato ocorreu em evento na sede da ONU, em Nova York, e teve a participação de outros países, que também entregaram a ratificação, e do secretário-geral da entidade, Ban-Ki Moon.
O presidente Michel Temer entrega o instrumento de ratificação na sede da ONU em Nova York. |
O Acordo de Paris foi celebrado por mais de 175 países no primeiro semestre de 2016. Em uma etapa posterior, cada país deve ratificar o texto internamente. O documento prevê medidas, a serem adotadas por todos os signatários, para conter a emissão dos gases do efeito estufa e tentar fazer que o aquecimento global fique limitado a 1,5º C, na comparação com o período pré-industrial
Além do Brasil, outros 29 países entregaram a ratificação nesta quarta. Entre eles estão México, Argentina, Honduras, Islândia, Mongólia e Emirados Árabes. Isso é um bom sinal, pois evidência a união de um grupo de países contra as mudanças climáticas. Com a entrada de mais países para o Acordo, 60 países entregaram seus instrumentos de ratificação até o fechamento deste artigo. Isso significa que 30 dias após o Acordo ter sido ratificado internamente por 55 países, o novo pacto sobre o clima entrará em vigor. Porém, para que entre em vigor, é preciso que a soma das emissões de gases do efeito estufa emitido pelos países dê 55%. Até agora está em 47,76%.
“Congratulo todos os líderes mundiais e estou cada vez mais confiante de que o Acordo de Paris entrará em vigor ainda neste ano”, declarou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
Quais são as metas do Brasil?
A meta do Brasil no acordo é cortar emissões de gases de efeito estufa em 37% até 2025, com o indicativo de redução de 43% até 2030, ambos em comparação aos níveis de 2005
Principais pontos do acordo de Paris:
- Países devem trabalhar para que aquecimento fique muito abaixo de 2ºC, buscando limitá-lo a 1,5ºC
- Países ricos devem garantir financiamento de US$ 100 bilhões por ano
- Não há menção à porcentagem de corte de emissão de gases-estufa necessária
- Texto não determina quando emissões precisam parar de subir
- Acordo deve ser revisto a cada 5 anos
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