Extrapolando os Limites do Planeta (parte 2)

No último post, introduzi vocês (leitores) nesse tema. Como falei que dividiria o post em dois para não ficar muito extenso, aqui vai a segunda parte. Lembrando que essa série de artigos foi inspirada no livro A HUMANIDADE CONTRA AS CORDAS, do doutor em direito internacional Eduardo Felipe P. Matias. Recomendo esse livro para quem se interessa pela questão ambiental, pois é escrito em uma linguagem acessível e que todos entendam a urgência das mudanças. Aqui falarei quais são esses limites planetários:

extrapolando os limites do planeta
A conversão de florestas em solo para a agricultura ameaça
não só a biodiversidade, mas também o de água e o clima local.



Limites do Planeta

  1. Acidificação dos oceanos - Os oceanos absorvem um quarto das emissões humanas de CO². A dissolução desse gás na água aumenta a acidez dessa última - ou seja, diminui o PH da água -, o que prejudica a biodiversidade marinha (problema que esbarra no oitavo limite.). Afeta, também, a capacidade dos oceanos de continuar funcionando como um reservatório de CO².
  2. Buraco na camada de ozônio - Constatado há algumas décadas, o buraco na camada de ozônio (a mesma que filtra a radiação ultravioleta vinda do sol.) sobre a Antártica foi causado pelo aumento da concentração de substâncias como os clorofluorcarbonetos, capazes de diminuir a concentração de ozônio. Esse buraco é um dos exemplos de problema ambiental que foi tratado de forma eficiente pela comunidade internacional. 
  3. Contaminação por produtos químicos - Inclui compostos radioativos, metais pesados e uma ampla variedade de compostos orgânicos de origem humana. Essa contaminação afeta a saúde dos seres humanos e ecossistemas e, se antes era vista como algo limitado ao nível local ou regional, agora é observada em escala global e, de forma inter-relacionada, podendo afetar outros limites, como a biodiversidade.
  4. Acúmulo de aerossóis - Aerossóis são partículas orgânicas e inorgânicas suspensas na atmosfera, como poeiras ou fuligem de motores a diesel. As atividades humanas dobraram (no mínimo) a concentração global da maioria dos aerossóis,que tem efeitos sobre as mudanças climáticas e doenças respiratórias. 
  5. Interferência humana nos ciclos globais - Principalmente os ciclos do fósforo e do nitrogênio são afetados pela ação humana. Através da conversão de nitrogênio da atmosfera em formas reativas (fertilizantes nitrogenados), com o objetivo de aumentar a produção alimentar.
  6. Uso global da água doce - As dificuldades relacionadas a esse limite são de duas ordens: Refere-se ao consumo excessivo de água e à ineficiência no uso desse recurso, principalmente na agropecuária (atividade que mais consome água). 
  7. Mudança no uso da terra - Resulta principalmente da expansão agrícola, que é a principal causa de perda de florestas por desmatamento. A conversão de florestas em áreas agricultáveis ameaça não só a biodiversidade, mas também o ciclo hidrológico e pode alterar o sistema climático local.
  8. Preservação da biodiversidade - Espécies estão entrando em ameaça de extinção em uma velocidade acelerada. Para se ter uma ideia, na história do mundo (aproximadamente 600 milhões de anos) houve 5 grandes períodos de extinção em massa, mas o que estamos vivenciando hoje é causado pelo homem.

fonte: A Humanidade Contra as Cordas

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